O que você faria se tivesse que largar todos os seus sonhos pelas pessoas que ama?Vocês já sabem que eu estou escrevendo um livro e nessa página vou colocar todos os capítulos juntos que eu já liberei para vocês.
Sinopse:
Drica já tinha todo seu futuro planejado, já estava pronta para ir para o ensino médio, já tinha até achado a pessoa perfeita para ela mesmo que aquele romance fosse proibido, mas por um erro de seus pais, ela teve que largar tudo com que havia sonhado para começar uma nova vida em um outro lugar.
Capítulo 1
Um ano atrás...
- Ele está olhando pra você! – disse.
Minha melhor
amiga, tão apaixonada pelo cara mais popular e gostoso da escola, Jake, eu pensaria que isso seria idiotice, se
algumas semanas atrás eu não tivesse tido uma queda por ele, eu já o conhecia
por vista mas ai foi a vez dela de conhecê-lo, desde então não parava de falar
dele, fui me identificando com ele, gostando dele até eu levar um balde de água
fria e descobrir que ele era um cachorro e ficava com qualquer menina bonita
que aparecesse em sua frente mesmo estando namorando, mas parece que isso não
bastou para ela.
- É claro que ele
não está, é mais provável ele estar de olho em você do que em mim.
- Ai, meu
Deus você é uma loira gostosa e se subestima tanto! – exclamei revirando os
olhos.
- Como se você não
fosse!
Isso não é
verdade, ou quase, minha família diz que eu sou bonita, minhas amigas o mesmo
mas não era assim que eu me sentia, se eu fosse tudo isso eu chamaria a atenção
de algum menino, não é mesmo? Nem mesmo garotos feios olham pra mim.
- Isso é uma
piada, eu não sou loira, tá? O meu tipo de louro é escuro aposto que ninguém me
considera loira e muito menos gostosa.
- Mas, que
cacete, você acabou de me dizer que eu me subestimo e olha você ai. – ela disse
com uma voz de desdém.
- Que
seja, mas eu aposto que ele tá olhando pra você, não pra mim, vocês dois tem
mais momentos juntos do que eu, sabe, até mesmo eu conversar com ele sozinha,
isso nunca rolou só aconteceu através do Facebook, duvido que ele se
interessaria por mim, de qualquer forma você é que tá a fim dele.
- Tá bom, vamos esquecer
ele, eu quero saber quando você vai entrar no Rosy’s. – falou, toda animada.
O Rosy’s Club
era um clube para adolescentes, próprio para fazermos atividades
extracurriculares, Alice e nossas outras amigas do nosso “grupinho” eram de lá,
todas as tardes elas se divertiam, eu não via a hora de entrar lá também, me
divertir um pouco invés de ficar em casa, relendo meus livros preferidos ou
reassistindo séries americanas, além disso só havia duas coisas que eu mais
gostava, dormir principalmente ao som da chuva e tomar um delicioso Starbucks,
apesar de ser um café americano, morar em São Paulo tinha suas vantagens.
- Eu não vejo a
hora de entrar lá também, eu já falei com minha mãe ela disse que até dezembro,
ela me inscreve. – disse, sendo contagiada pela animação dela até me lembrar
que Jake também era de lá.
- Que foi?
– perguntou, meio preocupada.
-Nada, é só
que ele também...
- Isso não
importa, eu quero fazer você se divertir mais, ignore ele como eu faço. –
disse, me interrompendo, já sabendo o que eu ia falar.
- Tem
razão. – concordei, duvidando que ela realmente o ignorasse.
-Ai, estão vocês
duas.
Ouvi atrás
de mim uma voz bem familiar, era Leila, uma de nossas amigas, a mais louca mas
uma das mais divertidas, atrás dela Gaby e Thais.
- Sobre o que vocês estavam falando? –
perguntou Thais.
- Sobre
quando Drica vai entrar no Rosy’s. – respondeu Alice, antes mesmo de eu pensar.
- E quando
você vai entrar?
-
Provavelmente em Dezembro – disse, começando a me animar de novo.
- Uhuu!!! –
disse Thais, nos agarrando e fazendo pularmos de alegria.
- Parem! –
disse Leila, nos forçando a parar de pular.
- O que
foi? – perguntamos juntas.
- Drica vai entrar,
mas e eu?
A mãe de
Leila, era muito super protetora, talvez por causa dos problemas que as duas
passaram juntas em relação ao pai dela, por isso que mesmo que Leila possa sair
pra onde ela quiser, não pode ir ao clube por a mãe dela não deixar, ela disse
que acha que a mãe dela pensa que ela quer ir pra lá só para ficar com um menino,
o que eu acho muito ridículo já que as vezes Leila demonstra ser a mais
estudiosa de nós, ela nem se quer pensa nisso.
- Eu ainda não sei
por quê sua mãe não deixa. – disse Gaby, meio confusa.
- Se não
podemos comemorar isso, então eu sei uma coisa que podemos. – falei.
- O que? – perguntou, Leila curiosa.
- Estamos
em novembro falta muito pouco para terminarmos a 8° e irmos para o ensino
médio!!!
- AAAAA! –
gritaram as meninas, começando a pular de novo.
- Nós vamos
tocar o terror nos próximos anos, vamos ser as mais gostosas e populares do
colégio, eu prometo. – falou Leila, com o maior sorriso que ela poderia
estampar.
- Não
falando “tocar o terror” ninguém mais fala assim Leila. – disse Gaby
- Aff, que seja! –
fazendo todas nós rirmos.
Capítulo 2
Uma semana depois daquela
conversa...
Em semana de prova, estou cansada de levar livro
para todo canto, mas eu estou sendo obrigada a estudar já que esse foi um dos
meus piores anos em relação as notas dependo muito dessas provas para passar de
ano, ultimamente ando muito desligada.
-Ai, me desculpe, eu não queria ter
esbarrado em você, deixe eu te ajudar. – conheço essa voz.
- Não, tudo bem, eu é que ando distraída
esses dias, desculpa. – disse, levantando o olhar.
- Então, estamos kits porque eu também não
estava prestando atenção em nada, fones de ouvido, sabe como é! – ele disse
sorrindo, enquanto eu ficava pasma.
- Jake? – perguntei, me sentindo corar.
- Sim, sou eu, espera você é...Drica, certo?
- Aham. – esperando não estar evidente minha
cara de idiota.
- Pronto, aqui está seus livros, tenho que ir
pra sala. – enquanto ouvíamos o sinal
- É, eu também, obrigada.
Enquanto ele
saia, me lembrei de respirar novamente, eu tinha acabado de ter essa conversa
com ele? Eu tinha mesmo esbarrado naqueles peitos musculosos? Se eu não tivesse
com os livros, merda de livros, eu teria tocado nele mais.
- Hey – ouvi ele atrás de mim.
- Sim? – respondi, me virando.
- Você vai a festa de fantasia, a da conclusão?
- Acho que sim. – Ele estava me perguntando
mesmo isso?
- Que bom, acho que nos vemos lá, Drica.
Não soube o
que dizer, só assenti. O que ele queria dizer com isso? Eu só poderia estar
sonhando me belisquei pra ter certeza, é, isso não era um sonho, espera por quê
eu estou pensando assim eu não gosto dele, nem posso, Alice é que gosta,
balancei minha cabeça tentando me livrar dos pensamentos.
- xxxxxx -
Agora eu
tinha uma festa pra ir, e não fazia ideia de que roupa eu iria, passei a tarde
assistindo Pretty Little Liars, de todas elas Aria é a minha preferida, todo
mundo diz que eu me pareço com ela, não em aparência mas em personalidade então
eu tive uma inspiração pra festa, obrigada Aria! Assisti o episodio onde elas
vão em um baile, ela foi de cisne negro, achei uma ideia muito boa.
- Mãããe!! – gritei do quarto
- Que foi, filha? – aparecendo na porta do
meu quarto, enxugando as mãos com um pano de prato.
- Lembra que eu te disse que tinha a festa de
conclusão?
- Claro que sim, você vai? – perguntou ela,
animada.
Ás vezes
penso que minha mãe acha que só porque eu fico lendo e assistindo séries, eu
sou antissocial e não tenho amigos, apesar dela conhecer Alice, na visão dela
ter uma amiga não era exatamente “ter amigos” eu não era amiga só de Alice, mas
eu não iria discutir isso com ela.
- Acho que vou sim, mas eu preciso de uma
fantasia, eu pensei na Cisne Negro, eu já tenho um vestido preto estilo
bailarina, eu só preciso das sapatilhas, a senhora compra para mim?
- Claro, vou falar com o seu pai, sapatilha
de bailarina preta, certo?
- É, obrigada.
- Por nada – respondeu ela, fechando a porta
atrás de si.
Então eu
realmente ia nessa festa, mas eu ainda tinha que ligar para as meninas e
confirma se elas também vão, eu não ia ficar lá sozinha, peguei o celular para
discar o numero de Leila.
- Alô? – disse Leila, após chamar três
vezes.
- Oiii Leila, é muito urgente eu quero te
fazer uma pergunta!
- Pode falar! – toda animada, ela ama
fofocas, apesar de essa não ser uma, mas ela não ia adivinhar.
- Eu quero saber se você vai a festa, ou
alguma das meninas? – perguntei, esperando ela dizer sim.
- Você sabe que eu não posso, minha mãe não
deixa, mas aposto que Gaby e Thais vão, elas não perdem esse tipo de coisa por
nada. – respondeu ela, indiferente.
- Sua mãe sabe ao menos que você só completa
o ensino fundamental uma vez? Que bom que elas vão, e Alice você sabe?
- Vou tentar convence-la disso, mas acho
muito difícil, e sobre Alice eu não tenho certeza se ela vai ou não, vou falar
com ela.
- Ok, fale pra ela que Jake vai estar lá, vai
que ela toma coragem. – disse, soltando uma risada.
- Ai, meu Deus, você sabe que eu não aprovo
isso, mas que seja, tchau, vou ter que desligar, beijo.
- Tá bom, beijo. – disse, virando o celular
pra ver a chamada encerrar.
Então, eu
não vou estar sozinha na festa, que bom apesar de que eu queria Alice e Leila
lá para me impedir de ficar babando, o que eu detestava, ainda mais quando se
tratava de Jake, agora só bastava esperar até chegar a festa.
Capítulo 3
- Tchau, mãe! – disse
acenando, enquanto ela me deixava na escola pra festa.
- Tchau, querida, divirta-se! – acenando de
volta pra mim.
Eu só
assenti, eu ia me divertir muito, ou esperava isso, mas de uma coisa eu sabia
eu estava gata nessa roupa, o que me deixou mais pra cima. Entrei na festa,
quem tinha feito a decoração tinha acertado, estava o máximo. Agora eu
precisava saber, ele realmente veio? Ele queria realmente me ver na festa? Ou
só estava tirando uma com a minha cara?
- Dricaaaaaa! – ouvi Thais gritar, me tirando
dos meus pensamentos, ela estava com Gaby vestida de capetinha enquanto Thais
era totalmente o oposto ela estava de princesa.
- Oiiii! – respondi, tentando ficar tão
animada quanto ela.
- Não sabia que você ia vir.
- Nem eu, mas uma pessoa me convenceu. –
respondi, abaixando meu olhar para os pés enquanto dava um pequeno sorriso.
- E quem foi? – perguntou ela
Ai, meu
Deus, e agora? Eu não podia dizer a verdade.
- Meninas! – disse Alice, agradecendo ela ter
aparecido para eu não ter que responder.
- Você veio, não sabia se viria! Gostei da
sua fantasia, Alice no País das Maravilhas? Não sei por que combina com você. –
falei, abraçando-a e soltando uma risada.
- Eu também vim! – olhei por cima do ombro de
Ali, e lá estava Leila de vampira.
- Leila! – dissemos juntas – Você conseguiu
convencer sua mãe, que bom, estamos todas aqui! – completei
Então paralisei,
ele estava ali vestido de zorro, combinou com ele já que zorro é um tanto
charmoso e misterioso, olhei para ele por um tempo até que nossos olhos se
encontraram, ficamos nos olhando por um tempo até que ele estava vindo em nossa
direção, cada passo que ele dava mais eu ficava com falta de ar.
- Olá, garotas!
- Oi! – falaram como se fossem um coral,
enquanto eu estava paralisada.
- Hey, Drica quer dançar, ou beber alguma
coisa?
Ele estava
me perguntando isso, não ele não podia, eu não podia aceitar, Alice estava bem
ali do meu lado.
- Acho melhor não. – respondi, me surpreendendo
com minha voz firme.
- Pode ir Drica, nós não nos importamos –
Alice disse, com um ar chateado.
Ela achava
que ele tinha ido lá por ela, eu também queria que tivesse sido por isso.
- Ok. – apesar de não ser o eu queria, mas eu
não ia bancar uma de criança, cruzar os braços e fazer birra.
- Vamos – ele disse, me oferecendo o braço
que eu segurei com as mãos.
- Então, me fale um pouco sobre você, está
namorando? – perguntou enquanto dançávamos
Por que ele
estava me perguntando isso, isso estava errado, não era eu pra estar lá era Ali
quem devia, somente balancei a cabeça com medo de que se eu falasse algo iria
desmoronar.
- Como alguém como você não está namorando? –
ele estava mesmo surpreso?
- As pessoas não costumam olhar para mim, não
desse jeito. – pronto, estava explicado.
- Então acho que são todos cegos. – ele
estava mesmo tentando me animar, e ele conseguiu.
Mas ainda
não achava isso nem um pouquinho certo, ele estava me elogiando, ele disse que
eu era desejável ele estava apenas querendo ficar comigo, ou ele realmente
achava tudo isso.
- E você está namorando? – perguntei.
- Não, mas pretendo mudar isso hoje. –
respondeu, me fazendo corar.
Só podia ser
pegadinha como um cara como Jake, que podia ter todas aos seus pés estava ali
bem perto de mim, me azarando? E eu estava vermelha podia sentir, ainda bem que
eles tinham desligado a luz e deixado somente o jogo de luz, obrigada Senhor,
ele não iria me ver mas aposto que podia sentir eu tremendo.
- Aqui está muito cheio, vamos pra um lugar
mais reservado.
- Ok.
Quando
chegamos em uma sala, ele fechou a porta. Opa! Isso não podia ser nada bom, ele
me jogou contra a parede e eu fiquei paralisada.
- O que você está fazendo? – perguntei, como
se eu não soubesse.
- Você é tão linda, como não te vi antes? E
esses seus lábios carnudos, você me deixa beijá-los?
Antes que eu
pudesse protestar, sua boca estava sobre a minha tão suave e macia, me entreguei
completamente aquele beijo, que na realidade era o meu primeiro beijo, esperava
que ele não percebesse a minha falta de experiência já que ele tinha de sobra,
sua língua entrou na minha boca faminta, ele realmente queria aquilo mas
eu...eu o que eu estava pensando mesmo? Ele me colocou em cima da mesa e
começou a beijar meu pescoço, meu Deus,
eu não ia aguentar se ele quisesse arrancar minha roupa ali mesmo, eu deixaria.
- Delícia! – gemeu, enquanto subia de volta a
minha boca, beijando minha mandíbula e meu queixo.
Enquanto ele
passava as mãos por todo o meu corpo e eu estava permitindo isso, eu não queria
mas não era o que meu corpo estava dizendo, até que ele chegou nos meus peitos.
- Oh, meu Deus! Eu quero ver esses peitos, eu
quero você nua! – sussurrou no meu ouvido.
Quanto mais
coisas ele dizia mais excitada eu ficava, apesar de não ter peitos grandes pois
eu só tinha 15, eu entrei atrasada na escola isso explicava eu ter 15 e estar
na 8° série mas ele parecia ter gostado do que tinha pegado, então eu assenti e
parece que ele ficou mais animado porque começou a tirar minha roupa, e eu
realmente não me importava que estava na escola eu só queria que ele me tocasse
mais e mais, então eu ajudei ele a tirar meu vestido e em seguida meu sutiã.
- Tão redondos. – disse arregalando os olhos
enquanto olhava meus seios e enfiava um na boca.
Quanto mais
ele sugava mais eu gostava então eu agarrei ele com as pernas pela cintura pra
puxar ele mais pra perto senti sua ereção bem no meu clitóris, o que fez eu gemer
alto.
- Porra! Você é muito gostosa, eu quero
entrar em você!
Merda,
aquilo me fez voltar a realidade, eu não podia fazer isso, o que eu era uma
puta! Eu reclamava da minha vida sem graça mas isso era emoção demais para uma
garota de 15, eu não ia perder minha virgindade com ele, nem muito menos na
mesa de uma escola, eu empurrei ele para longe.
- Nós não podemos fazer isso. – disse, me
levantando para pegar meu sutiã.
- É claro que podemos, gata! – falou, com um
sorriso safado e sexy no rosto, o que só fez eu pirar ainda mais, mas eu sabia
eu não podia fazer aquilo, primeiro se eu fizesse seria uma vagabunda e segundo
eu estaria traindo minha melhor amiga.
- Não, não podemos se você não percebeu
estamos na escola, e eu só tenho 15 anos, não vou fazer isso com você. –
rebati, já quase toda vestida.
- Caralho, você tem 15 anos? Não é o que seu
corpo diz, mas se você não quer que eu entre nessa sua bocetinha, está tudo
bem, não vou te obrigá-la.
Foi a ultima
coisa que ouvi, na mesma hora liguei para mamãe pedindo que viesse me buscar,
essa festa deu o que tinha que dar, sem fazer perguntas, agradeci muito ela por
isso, ela simplesmente concordou, ela apareceu meia hora depois eu não
encontrei as meninas, graças a Deus não ia conseguir olhar na cara de Alice
depois do que tinha acontecido, eu vou ter que ter essa conversa com ela mas
não agora, cheguei em casa fui direto pro meu quarto, chorar como eu podia ser
tão idiota e fazer tanta merda, eu deixei um garoto qualquer quase tirar minha
virgindade e ainda por cima o garoto que minha amiga era a fim, eu não merecia
a amizade dela, eu teria que compensá-la de alguma jeito.
- xxxxxx -
Passaram
algumas semanas desde a festa, eu já estava de férias assim eu não teria que
cruzar com as meninas por um tempo.
- Filha, lembre-se hoje é o dia – ouvi minha
mãe dizer atrás da porta.
Hoje é o
dia? Que merda de dia?
- Dia de que mãe? – perguntei, ainda confusa
- Ué, o dia que você vai começar no Rosy’s.
Ai, não,
passaram algumas semanas mas não imaginava que hoje era segunda, fazia sentido
já tinha passado duas semanas desde o Natal eu tinha feito as contas, essa não
eu teria que encontrar as meninas mas eu também sabia que eu iria encontrá-lo,
e isso só podia dar em mais merda.
- Ok, mãe. – mas não estava ok, levantei para
ir um tomar banho de cinco minutos.
Quando
cheguei na cozinha, o café da manhã estava na mesa, nas férias o Rosy’s Club
funcionava o dia todo, comi enquanto me preparava psicologicamente para tudo
que eu teria que enfrentar no dia de hoje.
Eu estou ferrada.
Capítulo 4
Dez meses e três semanas atrás...
- Drica, eu não acredito que
você está aqui! – disse Gaby, vindo em minha direção.
Pois é, nem eu.
-
Estou sim, vou perturbar vocês muito. – falei, com um sorriso falso.
-
Meninas, Drica está aqui, venham vê-la! – ela gritou para uma sala.
Isso não é bom, ela disse “Meninas”, ou
seja, Alice estava junto.
-Dricaa, quanto tempo, que saudades. – falou Thais.
-
Pois é, na festa você saiu com Jake e depois não te vi mais. – comentou Alice.
Ferrou, ela já sabe ou vai descobrir logo,
logo.
-
É, que eu não me senti bem e fui pra casa.
Mentirosa.
-
Ah, espero que já esteja melhor.
-
Já estou sim.
-
Falando em Jake, o que aconteceu com vocês dois naquele dia? – perguntou Gaby.
Porcaria, você tinha mesmo que ser tão
enxerida, eu não podia contar a verdade a elas, não ainda, mas eu sei que eu
estava ferrada era mais fácil mentir, por enquanto.
-
Nada demais, a gente dançou, conversou um pouco mas acho que uma bebida me fez
mal e o resto vocês já sabem, eu já disse ele não quer saber de mim. – cretina,
mentir é uma coisa se fazer de cínica era outra totalmente diferente.
-
Hmm, que bom, sabia que não tinha nada rolando entre vocês, eu confio em você,
Drica.
NÃO, você não deveria confiar em mim, meu
Deus eu sou mais que uma puta, eu sou pior do que isso, eu tive meu primeiro
beijo e queria ter minha primeira transa também tudo em um único dia, era isso
mesmo?
-
Vamos entrar quero conhecer o lugar!
-
Claro. – finalizou Drica.
Depois delas terem me mostrado o Rosy’s
inteiro, sentamos nos sofá que tinha em uma sala, falei para elas que queria ir
ao banheiro então se ofereceram para me levar lá, mas eu disse que estava tudo
bem eu sabia onde ficava e eu tinha que aprender, antes eu bebi água no
bebedouro que ficava ao lado dos banheiros então ouvi uma voz bem no meu
ouvido.
-
Oi, delicia!
Paralisei por um instante, até que acordei
do transe e me levantei. Jake.
-
Se tinha se arrependido de não ter terminado o que começamos, tudo bem, era só
me falar que eu teria o maior prazer em terminar, mas não precisava ficar
empinando essa bunda gostosa. – disse ele, com aquele sorriso malicioso que me
fazia querer que ele me agarrasse ali mesmo.
-
Escuta aqui, eu não quero nada com você, aquele dia foi um erro. – disse, com raiva.
-
Calma, gata, o que me faz ficar tão feliz por aquele dia é saber que tirei uma
casquinha sua e se você não tivesse aquela sua amiguinha, aposto que teria me
deixado te comer, mas agora nós temos um segredinho sacana. – disse, enquanto
ria, suas palavras e aquela risada me fez querer socar a cara dele, pena que eu
não podia.
-
Não, nós não temos, em breve eu vou contar para ela. – respondi, tentando ser o
mais firme possível.
-
Não, você não vai fazer isso – ele disse enquanto me empurrava para o banheiro
– Porque você não vai chatear sua melhor amiga, e porque você quer isso tanto
quanto eu.
Ele só podia estar tirando onda da minha
cara, eu não queria isso, eu não ia trair ela e ele era um idiota.
-
Olha você enganado, eu não quero e sim eu vou contar pra ela, prefiro que ela
sofra com a verdade, do que ficar mentindo pra ela.
-
Acho que posso provar que você quer. – disse, me pressionando na parede – Você
não quer? Então me impeça!
De novo não, eu estava deixando ele me
beijar, eu tinha que admitir, eu queria aqueles lábios sobre os meus e
novamente tinha voltado a estaca zero, estava ali com ele me beijando enquanto
andava com suas mãos sobre o meu corpo.
-
Nós não podemos fazer isso. – falei, tentando me soltar.
-
Mas você quer, porra, você realmente quer.
– falou em um tom provocativo.
Eu assenti, merda, eu concordei.
-
Eu sei que você aparenta ser toda certinha então vamos fazer um acordo pra que
isso não volte a acontecer e de bônus, eu tento algo com sua amiguinha, assim
você não fica com a consciência pesada.
-
Que acordo? – eu realmente estava esperançosa.
-
Guarda esse nosso segredo e eu faço o que prometi.
Seria tão fácil assim? Eu mentiria para ela,
mas se ele realmente me deixar em paz e ficar com Alice, podia ser uma
alternativa, eu disse que ia compensá-la.
-
Só isso? – perguntei.
-
Deixa eu pensar, minha primeira fantasia era você tirar essa roupa todinha e eu
fazer um boquete em você até você ter um orgasmo só que você não ficaria quieta
depois daqueles gemidos que você deu naquele dia, eu sei muito bem disso e eu
não conseguiria impedir, te ouvir é o máximo e eu estou louco para saber seu
gosto, eu queria entrar em você mas sei que você não toparia.
Ainda bem que ele mudou de ideia, eu não
iria aguentar fazer isso.
-
Então nós temos um acordo? Eu guardo esse segredo e você me deixa em paz.
-
Vai ser difícil, mas fazer o que? Temos um acordo então.
-xxxxx-
Voltei para a sala onde as meninas estavam
como se nada tivesse acontecido, pelo menos eu sabia que ele me deixaria em paz
e então ficaria com Ali, assim eu não me sentiria tão mal por ser a única que
já provou o sabor daqueles lábios quentes. Oh, Deus, estou fazendo de novo,
fantasiando com ele, só que agora eu estou no mesmo ambiente que ela, tentei
pensar em branco mas lembrei o quão branquinho ele era, aquele cabelo e olhos
pretos destacados pela pele. Cacete, para.
-
Nosso instrutor, vai chegar daqui a pouco – comentou Thais, eu só tive coragem
de assentir.
E voltei a olhar para olhar para minhas
sapatilhas, não conseguia olhar para Alice, sabendo o que eu fiz.
-Olá, alunos! Eu sou o novo professor de música de vocês, meu nome é Raphael.
Levantei a cabeça, porque se tinha uma
coisa que podia me animar era música, até eu dar de cara com o meu novo
professor. Puta merda, ele tinha por volta de uns 20 e poucos anos, meio
moreno, cabelo escuro e lindo. Ele não era lindo. Ele era perfeito. E eu era
uma puta.
Capítulo 5
- Então vamos começar nos apresentando, e dizendo o que gostam de fazer em relação a música, começando por você. – Raphael apontou para um menino no primeiro grupo.
As
carteiras eram diferentes, não era em fileiras como em uma escola secular era
quatro carteiras juntas em cada canto da sala, fazendo diversos grupos por isso
eu, Ali, Gaby e Thais estávamos juntas. Enquanto cada um ia se apresentando, eu
estava me perguntando o que eu iria fazer agora, Raphael era tão perfeito, mas
eu não merecia ele e nem sabia se ele algum dia iria querer algo comigo, por
quê eu sempre tenho que me apaixonar pelo garoto errado, ou proibido? Mas
espera eu não estava apaixonada por Raphael, meu coração estava em Jake,
infelizmente.
-
E você quem é? – ouvi a voz de Raphael, se dirigindo a mim.
-
O que? – estava perdida de novo nos meus pensamentos.
-
E você quem é? – ele disse, sorrindo. Seu sorriso era perfeito, que me fazia
esquecer de todo resto.
-
Ah sim, hã... meu nome é Drica!
-
E do que você gosta na música?
-
Sinceramente, tudo! – sorri pra ele – Mas eu realmente gosto de cantar e
aprender a tocar novos instrumentos.
-
Que bom que você gosta de tudo, eu também.
Aiin, eu ia desmaiar ali mesmo se ele
continuasse sendo tão fofo, tão diferente de Jake.
-
Bom, alunos, a aula já está quase acabando mas agora já temos uma ideia de quem
somos, e o que queremos. Vocês estão liberados.
Nossa passou tão rápido, nem percebi mas
ainda bem menos uma aula, já estava pronta para sair até que...
-
Hey, Drica, espere! – chamou Raphael.
-
Oi? – falei, voltando até a mesa dele.
-
Você canta? – perguntou ele.
Achei que eu tivesse deixado isso claro apesar
de eu não saber cantar bem, mas eu gostava disso.
-
Mais ou menos, eu canto mas quem não sabe cantar? O problema mesmo é cantar
bem. – respondi dando um sorriso desanimado.
-
Por isso que eu te chamei para ouvi-la cantar – ele estava querendo me ouvir
cantar, fiquei feliz entusiasmada igual a boba da corte, não sei porquê. – se
quiser é claro, mas achei melhor você cantar só pra mim caso seja tímida, senão
pode cantar na frente de todo mundo, mas eu vou ter que uma hora ou outra te
ouvir.
Assenti, como a ideia de cantar na frente
de todo mundo me assustava então decidi cantar só para ele, comecei a cantar I
Hate You, Don’t Leave Me da Demi Lovato enquanto eu ia cantando ele ia me
olhando de uma maneira estranha, eu não sei se era admiração, ou se ele não via
a hora de eu parar, então me calei.
-
Não pare! Eu estava gostando, você canta muito bem.
Eu estava corando de novo, por quê eu tinha
que ser assim?
-
Você ficou vermelha, nunca cantou para alguém? – perguntou, dando uma
risadinha.
Isso não era tecnicamente verdade, eu já havia
cantado para os meus pais e para Alice, pensando bem eu não tinha cantado para
ninguém que contasse.
- Na verdade não e ninguém nunca me elogiou
por isso. – admiti
- Pois devia você tem uma linda voz! Quero
trabalhar isso com você, agora pode ir. – despediu e acenou para mim.
Oh, o meu professor gato, tinha elogiado
minha voz, o que eu poderia pensar sobre isso? Nada. Ele era meu professor de
música, esse era o trabalho dele.
-
Hey, você está ai!
Virei para ver as meninas atrás de mim.
-
O que ele queria? – perguntou Thais.
-
Ele só queria ouvir minha voz.
-
Ué eu também disse que gostava de cantar, e ele não me chamou para me ouvir! –
disse Alice, frustrada.
Sério? Será que ele? Será nada.
-
Ele disse que precisava ouvir minha voz se eu fosse tímida então seria melhor
eu cantar só para ele, ele vai te chamar também, mas depois. – expliquei
-
É, você deve ter razão, só achei estranho porque nós somos amigas, então
estaria de boa esse lance de timidez. – retrucou ela.
Talvez ela tivesse razão, ou talvez não, de
qualquer forma não interessa depois do que aconteceu com Jake, eu não quero
gostar de mais ninguém.
Capítulo 6
8 meses e 4
semanas atrás...
Até que frequentar o Rosy’s
não era tão ruim assim, o que fazia ele melhorar mesmo era Raphael, Jake me
deixou em paz como prometeu só ainda não o vi se aproximar de Ali, eu precisava
falar com ele mas não agora, não hoje, eu estou de muito bom humor vou começar
minhas aulas particulares com Raphael e ele não iria estragar isso. Entrei em
sua sala, muito feliz.
- Você veio! – disse ele como se estivesse
surpreso.
- Claro, eu não iria perder a aula. – sorri
para ele.
-
Vamos começar primeiro com exercícios básicos de respiração. Inspire bem fundo
e depois expire bem devagar, jogando todo o ar para fora.
Fiz o que ele mandou, fiquei surpresa com o
tanto de tempo que eu consegui ficar.
-
Muito bem, você tem bastante fôlego para ser tão baixinha. – soltando uma
risada.
-
O que minha altura tem a ver com os meus pulmões, hein? – disse enfrentando
ele.
-
Verdade, mas se você tem um corpo pequeno seus pulmões não deveriam ser
grandes.
- Faz
sentido, mas eles não precisam ser grandes apenas fortes.
-
Vejo que você não é só um rostinho bonito!
Ele
me chamou de bonita?
-
Claro que não, porque primeiro eu não sou um rostinho bonito e tenho muito mais
por trás do meu rosto, tenho uma personalidade forte. – disse orgulhosa de mim
mesma.
-
Você é bonita, sim, e que bom que você tem um algo a mais.
O que ele queria dizer com isso? Espera ele
estava me azarando? O que estava acontecendo nesses últimos dias? Sempre fui só
uma geek apesar de não ser uma nerd moderna era como os outros me consideravam
e agora tenho dois caras atrás de mim, só posso estar em um sonho onde não
quero acordar.
-
Você tem quantos anos? – o que eu estava fazendo? – Quero dizer... hã, é que
você parece ser bem jovem para ser professor de música.
-
Eu tenho 24 anos e você?
Eu? Bom, eu tenho 15 anos, merda. Estávamos
indo tão bem, números sempre atrapalhando.
-
Eu, hã... eu tenho, vou fazer 16. – não menti, vou fazer, ele só não precisa
saber que é em Setembro.
-
Bom, vamos voltar para a aula?
-
Tá. – não era isso que eu esperava que ele fosse falar, mas também 9 anos era
uma porra de diferença.
Terminamos a aula e ele me dispensou, então
fui pra casa para encontrar minha mãe chorando, corri e cai de joelhos ao seu
lado.
-
O que aconteceu? – perguntei preocupada.
-
O que você já sabe, filha, o que nós duas sabemos.
Eu não tinha entendido do que ela estava
falando, então caiu a ficha ela estava falando de papai, eu nem sei se eu
deveria chamá-lo assim depois do que ele fez e disse, bem lá para eu ler,
aconteceu em dezembro mas me lembro como hoje, ele estava falando com uma de
suas raparigas parece que uma delas havia descoberto que ele era casado.
-
Você tem filhos?
-
Eu não, não sou casado nem tenho filhos. – palavras do meu pai.
Ele negou não só a minha mãe, já que ele
queria as putas para ele era óbvio que ele não ia dizer que era casado, mas ele
negou a mim e ao meu irmão de seis anos, ele não fazia ideia do que estava
acontecendo enquanto ele babava pelo meu pai ele dizia que no ponto de vista
dele nem eu, nem Levi existia, isso quebrou meu coração em mil pedaços, eu não
conseguiria perdoá-lo pelo que ele estava fazendo com minha mãe e meu irmão.
- Mãe, o que ele fez dessa vez? – perguntei.
-
Ele vai se encontrar com ela. – respondeu chorando.
Minha mãe era inteligente e sabia
exatamente como colocar um programa para ver o que era feito no computador, foi
assim que ela descobriu que meu pai não estava só traindo ela até então
virtualmente mas ele estava viciado em sexo, enquanto nós estávamos no quarto,
ele estava na sala entrando em site pornográfico somente com uma parede nos
dividindo.
-
A senhora tem certeza?
-
Sim, eles marcaram de se encontrar em um restaurante. – falou soluçando.
Rapariga, o pior é que ela se aproximou de
nós dizendo que ela gostava da nossa família e agora ela estava destruindo-a?
Se eu encontrar com essa puta no meu da rua, eu juro que eu mato ela.
-
Eu não vou permitir, eu prometo. – falei tentando acalmá-la.
- Você
não pode fazer nada, filha.
Mas eu vou, como vou. Depois que ela parou
de chorar, ela me disse que tinham marcado no restaurante Francesco ás 18hrs.
Filho de uma égua, ela era minha vó mas realmente era uma égua ela nunca gostou
de mãe, apesar de tudo que ela fez para agradá-la e por consequência ela também
não gostava de mim e do meu irmão aposto que ela sabe sobre tudo isso e esta
ajudando-o a trair minha mãe.
-xxxxx-
Cheguei no Francesco ás 17:30hrs, não iria perder isso por nada, depois
que falei com mãe eu reservei uma mesa e convidei Ali para vir comigo mesmo que
eu estivesse prestes a ter certeza que meu pai estava traindo minha mãe, Ali
era a única que eu confiaria dizer isso, ou no caso mostrar, depois que ela
chegou pedimos uma macarronada só para disfarçar não tinha como sentir fome em
uma hora dessas, após vinte minutos ela chegou e meu pai estava acompanhando-a
então isso significa que eles tinham se encontrado primeiro? Eu não acreditava
no que eu estava vendo, meu pai bem ali com outra mulher e não minha mãe, ele
nunca levou mãe para restaurante assim mas levava suas raparigas!
-
Drica, ali é o seu pai? – perguntou Ali, acenando disfarçadamente para a mesa
deles.
-
Infelizmente, é sim, eu tinha medo de que fosse verdade mas está bem na minha
cara que é, eu tenho que ir lá. – disse, já me levantando.
- Não, agora não, vamos esperar até onde isso
vai. – aconselhou enquanto pegava na minha mão.
- Tem razão. – voltei a sentar.
Comemos enquanto observamos eles, trocaram
carinhos e risos, que raiva, como eu queria estrangular essa puta. Até que
depois que eles terminaram o jantar e pagaram a conta, se eu ia seguir eles?
Com certeza que ia.
- Vamos! – falei
- Pra onde?
- Vamos atrás deles, quero saber até onde vai, não foi o que você falou?
- Ai, não, eu só falo merda não era para a gente seguir eles, Drica, era
só para você não ir até eles. – ele estava tentando me convencer a não ir, mas
no momento eu só sentia raiva nada do que ela podia falar mudaria isso.
- Se você não for, eu vou! – disse, jogando o dinheiro em cima da mesa.
- Eu não acredito que estou fazendo isso!
E eu não acredito que meu pai está com
outra, mas ele está. Saímos encontramos eles na esquina entrando em um carro.
Puta que pariu, eles... eles estão se agarrando, praticamente se comendo, agora
passou dos limites.
- Drica, não faça isso, finja que você não sabe foi isso que você me
ensinou vá pegando as provas depois encurrale-o na parede.
- Eu sei, mas eu não aguento isso! – falei começando a soluçar.
- Veja é melhor assim! Não vai ser fácil, mas você vai poder se vingar
depois.
Ela tem razão, o jogo vai virar e eu vou me
vingar.
Capítulo 7
Atualmente...
- Eu sei, por isso temos que ver o que vamos fazer com o grêmio. Ano que vem, vai ter outra chapa então temos que sair com classe.
- Eu tenho uma ideia podíamos pegar toda a parte de terra livre e criarmos uma horta. – Yanne disse, levantando a mão.
- É uma boa ideia, todo mundo concorda? - perguntei
Todos assentiram. Eu era a presidente do grêmio, originalmente quando cheguei aqui Paola, a Presidente que depois virou uma grande amiga, me convidou para o grêmio como suplente da Vice mas a tanto a Presidente como a Vice saiu e eu que tive que assumir o posto, faltava apenas quatro semanas para acabarem as aulas, então tínhamos que agir rápido ou perder um pouquinho das férias, eu assumi então pretendo fazer com que isso funcione.
- Já que todo mundo está de acordo, veremos depois os horários para nos dedicarmos as hortas, mas por hora estão liberados. – disse em um tom profissional.
Depois que todos saíram estava apenas eu e meus pensamentos, após meus pais terem se separados, mãe se mudou para a casa da minha vó em Pernambuco, em uma cidadezinha pequena mais bem importante, Petrolina, percebo que ela está mais feliz mas eu queria que ela fosse para a igreja com mais frequência, como não tinha nada para fazer mais então fui pra casa.
- Tchau, Drica, até amanhã! – falou Alex.
- Até.
Sai pelo portão da escola e voltei a me perder na minha cabeça, eu não conseguia tirar ele da cabeça depois de tantos meses eu não consigo me livrar de Raphael, ás vezes ligo para a Ali e ela diz que ele parece sentir minha falta também, depois de tudo que aconteceu e do que não aconteceu era meio difícil esquecer ele e olha que eu tentei, agora eu tenho que focar na igreja, hoje tinha ensaio do conjunto, as aulas de canto que tive com Raphael tinha servido para uma coisa boa. Então fui o caminho aquecendo minha voz nunca me importei com o que os outros pensam sobre mim então sai pela rua fazendo todos os exercícios que Raphael tinha me ensinado, menos o besourinho nunca soube fazer isso, meu Deus, eu tinha dito que não iria me apaixonar novamente mas ele conseguiu mudar isso.
-xxxxx-
Foi antes dos meus pais começarem a brigar de verdade, antes de a minha mãe descobrir o que eu tinha visto, eu e Rafa havíamos continuado com as aulas de canto, e então começou a me ensinar a tocar violão amava essas aulas fazia ficarmos bem pertinho um do outro quando ele ia me ensinar onde colocar os dedos para fazer os acordes.
- Você acharia estranho eu te convidar para um café? – disse ele, senti um tom de medo em sua voz, talvez ele achasse que eu fosse negar.
- Só se for um Starbucks. – falei, muito animada.
- Fechado, podemos ir quando eu terminar essa aula?
- Aham – concordei, balançando a cabeça.
- Te vejo daqui a pouco.
Nem respondi estava feliz demais, as meninas sabiam que rolava alguma coisa entre nós dois mas eu nunca confirmei, e eu achava melhor não, nossa diferença de idade podia causar problemas para ele, disse a elas que eu tinha umas coisas para fazer antes de ir e elas nem questionaram. Esperei vinte minutos até ele terminar a aula.
- Podemos? – disse ele, oferecendo o braço.
A última vez que aconteceu isso não deu em nada que preste, mas eu não ia pensar em Jake agora, então aceitei o braço dele. Chegamos em seu carro, um Honda Civic prata.
- Me fale um pouco sobre você, cor preferida? Tem irmãos? Sonhos?
- Azul, tenho um irmão mais novo e os meus sonhos? Fazer faculdade em Stanford – soltei uma risada – mas o que realmente eu quero é fazer algo marcante e ter um romance épico, eu sei que é idiotice mas...
- Eu não acho que seja idiotice, na verdade são sonhos muito bons, a maioria das garotas que conheço querem coisas fúteis, você não e isso é bom!
- E você, quais são os seus sonhos? – perguntei.
- Conhecer o mundo e assim como você encontrar alguém que valha a pena lutar.
Fiquei pensando por um tempo, não sabia o que falar então não disse nada. Será que ele realmente era um cara legal, o oposto de Jake? Só poderia descobrir dando uma chance pra ele. Quando chegamos no shopping, onde eu sabia que tinha uma lojinha dedicada ao Starbucks, ele foi muito fofo, abriu a porta do carro e puxou a cadeira para eu sentar, ganhou pontos por cavalheirismo.
- Vai querer o que? – ouvi a garçonete de cabelos ruivos e olhos verdes, realmente muito bonita fiquei com uma pontada de ciúmes, ela era tudo que eu não era.
- Eu vou querer um moccacino e um muffin de chocolate – respondi
- O mesmo pra mim.
A garçonete anotou nossos pedidos e saiu, minha oportunidade para saber como ele podia ser um professor tão novo.
- Então... você sempre quis ser professor?
- Na verdade, não. Eu sempre tive muito amor pela música por isso fiz faculdade de música, mas não pretendia lecionar até que me surgiu essa oportunidade no Rosy’s Club ano passado, como eu só teria que lidar com adolescentes, eu topei.
- Se não fosse adolescentes, você não aceitaria? – perguntei, confusa.
- Talvez sim, mas eu não sinto que eu seja muito experiente para lidar com outros tipos de pessoas, eu sou muito novo mas acho que você já notou isso. – disse, sorrindo pra mim.
Assenti, meio envergonhada. Se eu ficasse vermelha de novo, eu me jogaria da escada.
- Acho que é por isso que eu não resisti à tentação de te chamar pra sair. – agora é definitivo, eu estava vermelha. Merda.
- Pois é, me convidou para quebrar as regras um pouquinho, ou por quê realmente tem interesse por mim? – o que eu estava falando?
- Porque você é muito atraente e por sinal, divertida também, não encontro garotas que tenham as duas coisas juntas.
De novo, ele estava falando como se ele só lidasse com garotas metidas e ... ricas, mas ele não era só um professor de música?
- Ah. – nem se quer lembrava mais do que ele tinha dito.
A garçonete voltou com nossos pedidos e colocou cada um em cima da mesa, estava morrendo de vontade que nem esperei nada só abocanhei o meu muffin e vi que ele tinha feito o mesmo, em seguida tomou um gole do moccacino.
- Caralho, isso é muito bom! – disse ele, olhando pro copo como se fosse a primeira vez que tinha comido chocolate.
Comecei a rir da cara dele.
- Você nunca tinha tomado um Starbucks?
- Não, por isso não me arrependo de ter te chamado pra sair se eu não tivesse feito, nunca teria tomado isso e não teria tido o privilégio de fazer você rir.
Se ele continuasse a falar essas coisas, eu ia desmoronar. Continuamos a conversar até terminarmos o café, ele pagou apesar de discutirmos que eu poderia muito bem pagar o meu, formos para o estacionamento novamente.
- Obrigado! – ele falou parando do lado do carro.
Oi?
- Pelo que? – perguntei.
- Por fazer eu me divertir um pouco, faz tempo que eu não me sentia assim.
- Assim como?
- Vivo... mas quer saber o que falta para me fazer feliz?
- O que?
Eu não devia ter perguntado, pois era o que faltava para ele me agarrar e me beijar, eu achei que não tivesse um beijo melhor que o de Jake, eu estava errada, esse definitivamente me fazia muito mais, usando suas palavras...viva!
- Isso – sussurrou em meus lábios arrancando um sorriso meu.
Estava perdida naquele beijo em pleno estacionamento eu e meu professor então ouvi as travas do carro se abrindo, ele abriu a porta do carro e me jogou lá dentro, oh, não! Ele ficou brincando com os meus lábios mordiscando e fazendo carinho com sua língua e usou-a para me chamar pra brincadeira então mordi seu lábio inferior, o que surtiu efeito pois ele pegou meus quadris e me colocou em cima do seu colo ao contrário da minha experiência com Jake, ele passou a mão pelo meu corpo mas nada além da minha cintura e costas, então ele me respeitava? Isso era bom. Ele mordiscou minha orelha e desceu para o meu pescoço, o que me fez soltar um gemido baixinho.
- Puta que pariu! – disse ele, parando e me tirando do colo dele para sair do carro.
Será que eu tinha feito algo errado, foi ele que começou eu não estava entendendo porque ele tinha decidido parar, ele deu a volta no carro para sentar no banco do motorista e só disse:
- Preciso te levar para casa!
Depois disso ficamos a viagem inteira calados, já era umas 14:30hrs da tarde até que finalmente chegamos em casa.
- Pronto, chegamos.
É percebi, mas eu não ia embora sem ter uma explicação!
- Eu fiz algo errado? – perguntei
- Claro que não, é só que isso... eu estava quase perdendo a cabeça com você nessa merda de carro, eu não posso, você merece muito mais.
Então era isso, eu não tinha feito nada errado, ele só queria me tratar de um forma especial. Wow, a única experiência que eu tinha, tinha sido totalmente o oposto, ele sabia exatamente como arrancar um sorriso meu e novamente ele tinha conseguido.
- Então, tchau! – disse sorrindo mas antes de sair dei um selinho nele.
-xxxxx-
Depois daquele encontro saímos mais vezes, mas agora eu estou a mais de 2 mil quilômetros de distancia dele e o meu conto de fadas acabou, por um erro do meu pai toda minha vida foi drasticamente alterada.
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